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Visitem este blog caminhada-no-rio-sabor e apreciem as magnificas fotografias.
Agora a realidade;
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Agora a realidade;
Portugal prepara-se para perder o último troço de vida selvagem.
Depois de milhões de anos a traçar o percurso até ao Douro, o rio Sabor, em Trás-os-Montes, fica refém da estratégia energética do país.
Depois de milhões de anos a traçar o percurso até ao Douro, o rio Sabor, em Trás-os-Montes, fica refém da estratégia energética do país.
A construção da Barragem do Baixo Sabor (em alternativa ao Baixo Côa) vai inundar milhares de espécies, muitas delas protegidas (até estamos no Ano da Biodiversidade).
A albufeira vai atingir quatro municípios e guardar água suficiente para encher mais de 600 estádios de futebol.
Em 2013 nada será como antes e os 40 kms da albufeira a ser criada, e amparada por um muro com mais de 120 metros, apaga as memórias de uma região ligada à terra que a sustentou durante muitas décadas.
A nível natural há espécies endémicas que não poderão ser recuperadas e tudo aponta para que o espelho de água que aí vem não poderá ter aproveitamento turístico.
A nível energético passa a ser possível retirar água do Rio Douro e guardá-la a montante no Sabor para ser usada sempre que a pressão na rede eléctrica justificar.
O rio vai muitas vezes correr ao contrário, mas à mercê do que a EDP entende ser um armazenamento estratégico de água.
A albufeira vai atingir quatro municípios e guardar água suficiente para encher mais de 600 estádios de futebol.
Em 2013 nada será como antes e os 40 kms da albufeira a ser criada, e amparada por um muro com mais de 120 metros, apaga as memórias de uma região ligada à terra que a sustentou durante muitas décadas.
A nível natural há espécies endémicas que não poderão ser recuperadas e tudo aponta para que o espelho de água que aí vem não poderá ter aproveitamento turístico.
A nível energético passa a ser possível retirar água do Rio Douro e guardá-la a montante no Sabor para ser usada sempre que a pressão na rede eléctrica justificar.
O rio vai muitas vezes correr ao contrário, mas à mercê do que a EDP entende ser um armazenamento estratégico de água.
Infelizmente tudo isto é verdade e o que mais assusta é que a maior parte da população que vive ao longo do rio Sabor aprova este facto.
ResponderEliminarEu pergunto, porque lutaram tanto por Foz Côa e não fazem o mesmo pelo Sabor? Um rio que era a única esperança de ter espécies novas a nascer todos os anos, para não falar da quantidade de espécies de plantas e animais que vão matar com a construção desta barragem. Mas o que isso interessa não é? São só simples plantas e animais que a maioria das vezes os matamos só por diversão ou por passatempo.
Simplesmente pergunto porquê? Será que o Sabor não merece que lutem por ele também? Pela sua riqueza?
Não sou desta região, na verdade sempre vivi em Lisboa, cresci lá e nunca tive muitas oportunidades de conhecer o norte de Portugal. Mas sempre me preocupei pela restante beleza que existe neste Pais. Tive o privilégio de conhecer esta zona onde fiquei perplexa pela sua perfeição, sempre tinha ouvido falar de Trás-os-Montes visto que uma parte da minha família é de lá mas nunca se proporcionou visitar esta região, foi há dois anos atrás que comecei a conhecer melhor estes montes e vales. E custa-me saber que as próprias pessoas desta terra, aquelas que vivem lá durante todo o ano, não se preocupam minimamente com o que têm (pura natureza) e com que vai acontecer. Na realidade eu não as culpo, muitas destas pessoas não tem ninguém que lhes explique qual a importância desta zona e como aproveitá-la positivamente.
Falam de energia, que vai haver mais postos de trabalho e vai existir mais água naquela zona. Acho isso absurdo, existem outras formas de arranjar energia sem destruírem milhares de espécies. Existem outras maneiras de arranjar postos de trabalhos para as pessoas da região sem barragens, barragens essas que talvez daqui a uns anos já não funcionem devido a falta de população no interior do País; e existem outras maneiras de arranjar água para as aldeias. Só que essas maneiras são mais complicadas e mais dispendiosas. E isso é muito mais complicado porque se prefere gastar o dinheiro em coisas muito mais individualistas.
O Sabor faz parte da vida de todos os trasmontanos e de todos os portugueses, faz parte das poucas zonas do nosso País, em termos de natureza, que vale a pena visitar.
Por isso fico triste ao que vai acontecer a esta zona daqui a poucos anos. E infelizmente as pessoas desta zona vão aprender tarde de mais que fizeram mal em não lutar pela sua própria terra.
Os Portugueses, por norma e, por serem masoquistas, preferem arrepender-se posteriormente e sempre com a eterna máxima...óh se fosse hoje, não teria feito assim...
ResponderEliminarSerá que ninguém quer abrir os olhos? Ninguém quer entender que estes projectos, altamente danosos para o futuro da nossa região, apenas servem para encher os bolsos a uma dúzia de mafiosos lazarentos? Nem um tostão vai ficar na nossa região. Nem um tostão. Ninguém quer aprender com os erros do passado. Que desenvolvimento? Que riqueza truxeram a Trás-os-Montes as barragens no Douro Internacional? Digam-me, quem souber, uma mais-valia que desses mega empreendimentos, tenha vindo. Só uma. Admitam que não é pedir muito. Só Uma...!
E, os transmontanos, lá vão cantando e rindo contentes e quase radiantes. Mais uma barragem Yesssss!!!!!
A Barragem vai-nos roubar o último Rio Selvagem. Este rio, no estado actual, pode não parecer, mas atrai turistas. Poucos talvez, por notória falta de investimento das Entidades às quais compete fazer a divulgação e promoção deste e de outros espaços.
A Barragem vai trazer ZERO...e vai levar o pouco, (é muito, só que não lhe damos o valor devido), que temos..como sempre...
E...lá vamos cantando e rindo...a caminho daquilo em que o centralismo dos negociadores sem escrúpulos e a nossa inércia, vão transformar o Nordeste Transmontano. NUM DESERTO!
(H.M.)