O Canhão



A antiga peça de artilharia exposta actualmente no largo do Toural, é com certeza um objecto de valor e carregado de história!

Da sua origem sabemos que a hipótese mais provável é ter sido uma peça de artilharia da linha defensiva do antigo Castelo de Outeiro.
Contudo outros documentos indicam-nos que o castelo no século XVIII não tinha qualquer peça defensiva:

“Na Primavera de 1758, o cura Tomás Teixeira afirmava, sem prejuízo de estar unida aos lugares da coroa, a relação desta antiga vila com a Casa de Bragança e contabilizava a presença de noventa vizinhos. Desenvolvendo a sua memória, referir-se-ia ao castelo que reputava de inconquistável «em rezam do sitio em que se acha o qual esta formado na eminencia de hum outeiro distante da villa tres tiros de bala». Sobre a sua organização, escrevia: «tem duas torres, cazas para morarem os governadores, e soldados tinha sua capella de Santa Luzia, porem esta, e as cazas se acham quasi demolidas, e damnificadas as muralhas por rezam de nam habitarem há annos os governadores na ditta fortaleza». E se também valorizava as «incalamidades dos tempos» para explicar a ruína e abandono do reduto também apontava a sua inutilidade militar pois, dizia, «não tem peça algua, nem moniçens», nem uma força efectiva pois «cada dois mezes vem hua escoadra de infantaria da praça de Bragança com seo sargento, e alferes».”



Um outro canhão de menor porte está exposto no Museu Militar, no Castelo de Bragança.

Há ainda registo de um outro canhão que foi levado por tropas francesas e abandonado na Puebla de Sanabria.

Sabemos também por relatos do povo, que já quiseram levar o canhão para um museu, mas o povo juntou-se, escondeu-o enterrando-o e assim evitaram que o levassem.

Temos então conhecimento de 3 peças de artilharia. Mas poucas certezas da sua origem e histórias.

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