Pombais

Os pombais transmontanos por sua maioria têm uma planta em forma de ferradura, existindo também de planta circular.
Com diversas semelhanças a habitações castrejas, as paredes são construídas em xisto e barro, caiadas de branco, e a cobertura é mista, feita com lousas de ardósia e telha. No cimo das paredes estão pedaços de pedras, colocados ao alto, pintados de branco e que funcionam como chamariz das pombas e ao mesmo tempo seguram o beiral envolvente.

 
 
No interior do pombal existe uma mesa redonda onde se deixa o cereal e água, costuma ser de madeira ou de lousas, sustentada por um tronco a cerda 1 metro do solo. O chão do pombal funciona como estrumeira, coberto de palha e excrementos. Daí a necessidade da mesa.
No interior das paredes, estão abertos (ou não foram colocadas pedras, melhor dito) uns buracos com cerca de 25 cm de fundo e com 15 a 20 cm  de largura e altura.
Estes buracos são os ninhos e possuem uma espécie de patamar, formado por uma lousa que lhe serve também de chão. Cada pombal pode ter cerca de 200 a 300 ninhos.

Existem em Outeiro oito pombais, dos quais alguns já se encontram em ruína e outros em abandono ou sem função.