Habitações


As antigas e típicas habitações do Nordeste Transmontano, são construídas na sua maioria, por paredes de pedra em granito ou em xisto, com uma espessura a rondar os 70 cm e compostas por dois andares Por vezes apresentam “faces” arredondadas. O telhado é de finas lousas, ou em telha. No exterior existem escadas que terminam numa pequena varanda que dá acesso ao primeiro piso.



O piso térreo é usado para arrumar ferramentas, para arrecadar as colheitas agrícolas e para guardar a lenha que será utilizada durante os rigorosos Invernos. No piso térreo existe também a adega com os respectivos pipos e a lagareta. Por norma é também neste piso que é construído o forno para cozer o pão.
Os baixos são usados igualmente para recolher os animais, vacas burros etc, onde a manjedoura é um objecto sempre presente. O chão é coberto de palha para condicionar o esterco produzido pelos animais. Num espaço anexo existe o galinheiro, a pocilga dos porcos e o palheiro. Estes baixos são sempre muito frescos durante o período estival.
A separar o piso térreo do primeiro andar fica o soalho todo feito em vigas fortes de madeira, ou mesmo troncos inteiros completados com ripas em madeira para fazerem a cobertura do chão. É neste primeiro piso que vivem as pessoas. As divisões da casa são feitas de paredes grossas em pedra ou estuque (que é uma mistura de barro, palha e finas ripas de madeira). A cozinha, sendo a maior divisão da casa, tem a lareira, o escano e as sempre presentes varas em madeira de freixo para pendurar o fumeiro no tecto. O tecto deste piso (forro) é construído de maneira semelhante ao chão só que não oferece tanta resistência.

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