AVES
As rapinas, são sobretudo carnívoras, excelentes caçadoras, com excepcional visão e magníficas capacidades de voo. A presença destas aves é um indicador da saúde e do equilíbrio do meio ambiente. Quando as aves de rapina começam a rarear, é um sinal de desequilíbrio do meio natural.
Águia-calçada Hieraaetus pennatus Espécie protegida

A sua dieta baseia-se em pequenos mamíferos, répteis, aves e insectos.
Águia-cobreira Circaetus gallicus Espécie protegida
Aguia de asa redonda Buteo-buteo
Grifo Gyps fulvus Espécie protegida
Maior que as águias, de plumagem acastanhada os grifos são geralmente vistos quando o sol já vai alto, devido às correntes térmicas ascendentes. Só assim estes animais conseguem subir.Esta ave consegue planar grandes distâncias sem quase bater as asas. O grifo distribui-se principalmente por toda a fronteira.
Abutre Preto
Águia-perdigueira (Bonelli) Hieraaetus fasciatus Espécie protegida
A águia de bonelli mais conhecida no nosso país como águia-perdigueira é uma ave com um comprimento que vai desde os 60 aos 66cm e que pode atingir a envergadura de 140 a 165cm. Esta ave de rapina pode ser observada por todo o território ibérico e do norte de África. Prefere regiões montanhosas mas também pode ser vista em terreno aberto. A bonelli é uma ave tímida e desconfiada. A sua dieta basea-se em aves mais pequenas. A águia de bonelli é um exemplo de muitas aves no nosso país que estão em vias de extinção.
Tartaranhão-caçador Circus pygargus Espécie protegida
A mais pequena das águias europeias. O macho tem plumagem cinzenta azulada, asas muito compridas e estreitas, corpo esguio e cauda comprida e estreita de coloração negra. Em voo, distingue-se uma banda preta na ponta das asas. A fêmea e os juvenis apresentam uma plumagem de tons castanhos arruivados. Popularmente é conhecida como águia-caçadeira.
É o mais pequeno dos abutres por estes territórios. A sua identificação distingue-se, devido aos tons contrastados que apresenta sob as asas, cabeça alaranjada e cauda em ‘V’, os sues tons lembram o padrão da cegonha-branca ou da águia calçada. No entanto, a observação deste abutre não é fácil, habita sobretudo as zonas de vale do rio Sabor. É uma espécie estival nidificante, que chega em Março e parte em Setembro, inverna em África a sul do Sara.
Águia-real Aquila chrysaetos Espécie protegida
Milhafre Real
Milhafre Preto
As rapinas nocturnas possuem cabeça grande e face achatada. A sua plumagem densa e maciça torna o seu voo completamente silencioso. Orifícios auriculares e olhos grandes, ajudam a localizar a presa com enorme precisão. O seu campo de visão é bastante vasto, capaz de girar a cabeça além dos 180º. A visão destas aves é considerada sem igual no reino animal. Vêem tão bem de dia como de noite.
Coruja-das-torres Tyto alba Espécie protegida
A coruja-das-torres é uma rapina nocturna, tem uma plumagem de coloração clara, com um peito branco amarelado. O seu comprimento atinge os 39cm e a sua envergadura pode variar dos 85 aos 93cm. O seu peso pode ir das 290 as 350g. Podem viver até aos 18 anos. Os seus habitats encontram-se em terrenos agrícolas com matas dispersas. A sua dieta limita-se a pequenos roedores.
Abelharuco Merops apiaster Espécie protegida
Ave com plumagem de cores vivas: coroa castanha avermelhada, garganta amarelo vivo e peito azul esverdeado. O seu comprimento vai dos 27 aos 29cm e a sua envergadura dos 44 a 49cm. Pode atingir 78g. O Abelharuco encontra-se em áreas abertas e quentes, de pequenos bosques, arbustos. Zonas próximas de rios.
Perdiz-comum Alectoris rufa
Cegonha-preta Ciconia nigra Espécie protegida
MAMÍFEROS
Lobo Ibérico Canis lupus signatus Espécie protegida em vias de extinção
O lobo-ibérico é da família dos caninos e descende do lobo-cinzendo. Este animal, como o nome indica, encontra-se na Península Ibérica. No nosso país deve existir 300 exemplares desta espécie, que actualmente se encontra em vias de extinção. Um pouco mais pequeno que o lobo-cinzento, o lobo-ibérico macho mede entre 130 a 180cm e a fêmea entre 130 a 160cm. Enquanto o peso do macho pode variar entre 30 a 40kg o da fêmea varia entre 20 a 35kg. Em cativeiros os lobos podem viver até aos 17 anos, enquanto no seu habitat natural já são considerados velhos aos 10 anos. A sua dieta é muito abrangente: a principal presa é o javali, o corço, o veado, a ovelha, a cabra, a galinha, o cavalo e a vaca.
Raposa Vulpes vulpes Espécie protegida
Javali Sus scrofa Espécie cinegética

Coelho bravo Oryctolagus cuniculus
Os coelhos bravos podem pesar entre 1,5 a 2,5kg, o seu comprimento geralmente é de 40cm. Este animal pode-se encontrar por todo o mundo, em Portugal pode ser visto em todo o território. Este animal tem sido caçado ao longo dos anos até quase a exaustão, com isso, foram criadas reservas onde a espécie possa ser protegida. Os seus habitats preferidos são as zonas de erva alta onde se pode proteger dos predadores naturais.
Lebre Lepus europaeus
A lebre encontra-se em toda a Europa, na Ásia Ocidental e no Norte de África. Em Portugal a lebre pode ser encontrada por todo o território, mas é mais frequente observá-la nas planícies alentejanas. Como o coelho bravo a lebre é um dos alvos preferidos para os caçadores. Vive em grupo de 6 a 10 elementos. Alimenta-se, principalmente, de ervas e cereais. A lebre pode atingir os 6kg e pode viver até aos 10 anos.
Corço Capreolus capreolus Espécie protegida

Gineta Genetta genetta
A gineta é um animal de médio porte, carnívoro, delgado, com membros baixos e cauda comprida. A sua pelagem é cinzenta e negra. O seu comprimento pode variar entre os 87 e os 111cm e o peso varia de 1 a 2,2kg. Podem viver até aos 4 anos. O seu habitat é muito variado, desde florestas até zonas rochosas. A sua dieta baseia-se em roedores, aves, répteis, frutos e insectos.
Doninha Mustela nivalis

Lontra Lutra lutra
Texugo Meles meles

INVERTEBRADOS
Lagostim Austropotamobius pallipes
PEIXES
Barbo Barbus bocagei
O barbo é caracterizado pelo seu corpo e focinho alongado e dois pares de barbilhos. Pode atingir 60cm de comprimento, as fêmeas podem viver até aos 11 anos e os machos 7 anos. Esta espécie ocorre em zonas de corrente como de águas paradas, podendo ser encontrada em altitudes que vão desde os 190 até 1180 m e nos troços terminais dos rios. Em Outeiro pode-se encontrar no rio Maçãs e Sabor. Alimenta-se de detritos, algas, plantas aquáticas, moluscos, crustáceos e larvas aquáticas de insectos.
Escalo Squalius carolitertii
Com o corpo alongado comprimido lateralmente e com uma cabeça grande é assim que é conhecido o escalo. O seu comprimento pode atingir os 25 cm e apesar de não se saber ao certo a sua longevidade, pensa-se que pode atingir os 7 anos. O seu habitat é muito variado, podendo estar em rios de montanha, de planície e até em albufeiras. A sua dieta consiste em consumindo preferencialmente larvas aquáticas de insectos, crustáceos, moluscos e insectos de origem terrestre que caem à água.
Boga Chondrostoma duriensis
A boga é caracterizada pelo seu corpo alongado e esbelto. O seu comprimido pode atingir até 40cm e a longevidade nas fêmeas vai aos 10 anos, nos machos aos 8 anos. A boga é presente onde a velocidade da corrente é relativamente elevada. No entanto, também se pode encontrar em albufeiras. É um peixe muito sensível à poluição. A dieta deste animal consiste em detritos e algas.
RÉPTEIS
Cágado mauremys leprosa
Rã Verde Rana perezi
Rã Ibérica Rana iberica
A rã ibérica é caracterizada pela cabeça com o focinho pontiagudo. O seu comprimento pode atingir os 5,5cm e não se sabe quantos anos este animal pode viver. Esta rã raramente se afasta da água, encontra-se frequentemente nas orlas de rios e ribeiros de pequeno a médio caudal, geralmente em zonas de águas frias. A dieta destes animais é composta por pequenos invertebrados, nomeadamente escaravelhos, aranhas, mosquitos, caracóis e centopeias, caçados sobretudo durante a noite.
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